sexta-feira, 28 de março de 2014

Estrela

Como uma estrela solitária
Assistindo o por do sol.
Como a ultima...
Gota de chuva da ultima nuvem
Do verão.
Como a última frente fria
Do inverno!
Ou o ultimo floco de neve que...
Se desfaz derretido de um ex-iceberg.

As vezes nos sentimentos...
Como se tudo aquilo que existia...
Se fora... Silenciosa...
Desfez-se...
Acabando, se vai...
E como o ultimo espectador que ainda resta...
Vemos as ultimas esperanças do coração;
Se desgrudarem da realidade...
Lenta...
E Violentamente com o fim...
Como uma criança faminta arrancada da mãe, enquanto ainda se folga no seu seio.

O por do sol é belo...
Do inicio ao fim...
Ainda que trágico...
Triste...
E o mais fiel retrato do final melancólico de algo belo e frágil...
Em seu termo.

Deixa ir estrelinha!
Deixa ir o por do sol!
Se prepara!
Pra sumir de vez de tanta alegria!
Porque tudo no universo da voltas!
É o sol nasce amanhã...
E depois...
E sempre...

Enquanto existirem esperanças!
Que choram...
Crianças...
Que acreditam na vida!
Como crianças recém nascidas.
Cegas... A espera de um seio...
O qual se aninhar.

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